Esse blog tem o intuito de passar informação com divertimento. Me desculpem, mas diante a tamanha tragédia, não pude deixar passar batido essa triste e lamentável notícia.
Morre na madrugada deste domingo (27), 231 pessoas, além das 117 hospitalizadas por conta de uma boate que pegou fogo em Santa Maria (RS). Clientes que estavam na boate correram para a porta principal, tentando escapar do incêndio, mas foram barrados pelos seguranças, pois não haviam pago a comanda.
Morre na madrugada deste domingo (27), 231 pessoas, além das 117 hospitalizadas por conta de uma boate que pegou fogo em Santa Maria (RS). Clientes que estavam na boate correram para a porta principal, tentando escapar do incêndio, mas foram barrados pelos seguranças, pois não haviam pago a comanda.
Dizem que o que deu início ao incêndio foi o sinalizador utilizado no show de uma banda que se apresentava na boate Kiss. As faíscas que saíram do mesmo atingiram o teto, incendiando a espuma de isolamento artístico.
Fiquei PASSADA ao receber essa notícia! No final das contas, as pessoas foram barradas, não pagaram a comanda e perderam suas vidas. Não dá para acreditar! E fica uma pergunta no ar: Onde vamos parar com tanta impunidade?
Meus sentimentos as famílias de todas as vítimas de Santa Maria.
"A MAIOR TRAGÉDIA DE NOSSAS VIDAS."
"Morri em Santa Maria hoje, Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça. A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta. Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa. A fumaça corrompeu o céu para sempre. O céu é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013. As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa. Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio, Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda. Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência. Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa. Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram. Morri sufocado de tanta morte; como acordar de novo?
O prédio não aterrissou de manhã, como um avião desgovernado na pista. A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados. Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro. Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos. Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal. As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silêncio. Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
As palavras perderam o sentido."
— Fabrício Carpinejar.
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